Em nossos posts buscamos sempre enfatizar que as perdas (comuns no cenário da velhice) não devem ofuscar a valorização do ser. Hoje vamos pincelar rapidamente sobre a realização desta valorização utilizando da música.
Mesmo que o idoso apresente uma grande incapacidade, ele nunca ficará sem tudo, em absoluta perda. Acreditamos que aspectos essenciais e individuais da personalidade sobrevivam às limitações causadas pelos quadros demenciais.
Musicoterapia
O que sobrevive também é a resposta perante a música. Isso acontece porque a percepção, emoção, memória e sensibilidade à música estão preservadas.
Para o neurologista Oliver Sacks, o objetivo da musicoterapia para pessoas com demências é “atingir as emoções, as faculdades cognitivas, os pensamentos e memórias, o self sobrevivente desse indivíduo, para estimulá-los e fazê-los aflorar”.
O idoso parece transcender sua doença enquanto a música acontece, e alguns efeitos como a melhora do comportamento e do humor podem ser mais duradouros. A música soa como algo familiar num mundo perdido e confuso, enriquecendo suas existências.
A música é parte constitutiva e necessária do homem. Sua utilização com idosos pode trazer vários benefícios ao acessar memórias, pensamentos e emoções já esquecidas, ou ainda: despertar novos sentimentos, mostrando que ainda existe uma pessoa ali, escondida atrás da doença.
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